segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caio Fernando Abreu

Vai passar


Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...

( In Dispersos)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Novo ciclo

Ah se todos tivessem a oportunidade que estou tendo agora.A oportunidade de viver um novo ciclo em suas vidas,uma nova fase.Esquecer as coisas passadas e se entregar por inteiro a uma nova vida.Com espilhos no caminho também,claro,mas por outros caminhos,com outras decisões a serem tomadas,tudo novo.
Tudo o que você pede pra Deus com fé, ele te atende.Eu pedí e meu Deus me atendeu.
Hoje não sofro mais.Não sinto mais angústias,não fico chorando pensando que poderia ter sido diferente,hoje eu sou mais feliz.Com toda certeza eu posso dizer: muito obrigada meu Deus, tú me fizestes feliz.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Arrependimentos

Eu lí esse texto em algum lugar e achei muito bonito, diz assim:

" Arrependo-me de não ter ido até o fim, e também de não ter cuidado de mim.
Arrependo-me de não ter dito "sim", quando a razão gritava que "não".
Arrependo-me de nunca ter dito:Eu te amo!, e mais ainda de ter dito: Eu te odeio.
Arrependo-me de não ter fugido,por medo do perigo.
Arrependo-me de denão ter me dado uma nova chance.Mas arrependo-me principalmente de ter dito:Adeus!. Quando não devia ter deixado você partir.
Hoje,choro arrependimentos e me afogo nesse oceano de lamentos.

por: Perlla Allves.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Coisas que só Freud explica

Acredito que o mais difícil para o ser humano é a aceitação.
Aceitar que você errou, aceitar que alguém errou com você.
Que a vida nem sempre é aquilo que você imagina, que o papai noel não existe.E que depois de uma grande virada, as coisas nunca mais voltarão a ser como antes.
Mas existe uma grande diferença entre aceitar e entender.Nem tudo o que se entende,se aceita, e vice versa.
Entendo que não posso obrigar ninguém a me amar, mas não aceito o porque não sou amada.
Entendo que os caminhos são difíceis,mas não aceito o porque não conseguimos criar um jeito de torna-los mais fáceis.
Entender e aceitar, aceitar e entender...o que podemos nós fazer?

by: Edênia

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri.

By: Lord Byron
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri.

By: Lord Byron

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Angústias da alma

Existem dias em que amanhce bem, outros em que você não está tão bem assim. Hoje especificamente eu não sei dizer como estou, mas sei que não estou muito bem, algo está acontecendo ao meu redor, e eu não percebo, eu não sinto, eu não vejo. Ah Deus, conforta meu coração e alivia esse fardo. Sei que tú não me daria nenhuma obra a qual eu não pudesse realizar, mas me sinto cansada.Me carrega em teus braços, oh pai.

by: Edênia